terça-feira, 26 de abril de 2011

Tribunal Militar omitiu investigações do caso Riocentro

Acidente de Trabalho: A história da bomba do Riocentro, que matou o sargento Guilherme Pereira do Rosário e vitimou o capitão Wilson Machado, numa ação de insatisfeitos da direita com a então abertura política no país.
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, vai utilizar as informações publicadas pelo GLOBO sobre o conteúdo da agenda de Guilherme Pereira do Rosário, sargento que morreu na explosão da bomba no Riocentro há 30 anos, para pressionar o Congresso pela instalação da Comissão da Verdade. De acordo com a ministra, essas informações "demonstram a importância da comissão". Ao GLOBO, Maria do Rosário também criticou o fato de os inquéritos abertos sobre o caso Riocentro no Superior Tribunal Militar não terem analisado o conteúdo da agenda do sargento.
 
Como a senhora analisa as informações sobre o conteúdo da agenda do sargento Guilherme Pereira do Rosário?
Ministra Maria do Rosário: Em primeiro lugar, é muito importante que essas informações venham à tona, mesmo que 30 anos depois. É um direito que a sociedade tem de conhecer as conexões que esse caso tinha, e que se mantiveram operando depois.
 
Como vê o fato de que os inquéritos abertos sobre o caso Riocentro não analisaram o conteúdo da agenda?
Ministra: O fato de o Superior Tribunal Militar não ter considerado essas informações indica que os inquéritos, restritos ao universo militar, não possibilitaram que as informações desse caso tivessem tomado um curso adequado, não possibilitaram que tivessem efeito.
 
Os dados revelados pela agenda de Guilherme do Rosário entrarão na discussão da Comissão da Verdade?
Ministra: As informações publicadas demonstram a importância de uma Comissão da Verdade e indicam a necessidade de se instalar essa comissão. Elas indicam o quanto é preciso conhecer os fatos, e também seus efeitos já no período democrático. Com essas informações, planejo reforçar a caminhada pela aprovação da comissão no Congresso. Só com a discussão sobre a criação da Comissão da Verdade, quantas novas informações não estão surgindo? De meios de comunicação, de entidades, universidades... E um ponto importante é que esse debate está sendo trazido sem que se alimentem contradições com o meio militar de hoje. Agora, é preciso que se diga que a comissão não será um instrumento de justiça, não vai sair buscando essas pessoas (da agenda) para responsabilizá-las por algo. O que se quer é que se jogue luz nesse caso.
 
O governo pretende indagar, de alguma forma, o Superior Tribunal Militar sobre o caso?
Ministra: Vamos buscar esses inquéritos no STM e vamos pedir que todo o material sobre esse caso, todos os documentos e anexos, que isso seja entregue à Comissão da Verdade para que sejam analisados também pela comissão.
 
Como a senhora analisa as informações sobre o conteúdo da agenda do sargento Guilherme Pereira do Rosário?
Ministra: Em primeiro lugar, é muito importante que essas informações venham à tona, mesmo que 30 anos depois. É um direito que a sociedade tem de conhecer as conexões que esse caso tinha, e que se mantiveram operando depois.
 
Como vê o fato de que os inquéritos abertos sobre o caso Riocentro não analisaram o conteúdo da agenda?
Ministra: O fato de o Superior Tribunal Militar não ter considerado essas informações indica que os inquéritos, restritos ao universo militar, não possibilitaram que as informações desse caso tivessem tomado um curso adequado, não possibilitaram que tivessem efeito.
 
Os dados revelados pela agenda de Guilherme do Rosário entrarão na discussão da Comissão da Verdade?
Ministra: As informações publicadas demonstram a importância de uma Comissão da Verdade e indicam a necessidade de se instalar essa comissão. Elas indicam o quanto é preciso conhecer os fatos, e também seus efeitos já no período democrático. Com essas informações, planejo reforçar a caminhada pela aprovação da comissão no Congresso. Só com a discussão sobre a criação da Comissão da Verdade, quantas novas informações não estão surgindo? De meios de comunicação, de entidades, universidades... E um ponto importante é que esse debate está sendo trazido sem que se alimentem contradições com o meio militar de hoje. Agora, é preciso que se diga que a comissão não será um instrumento de justiça, não vai sair buscando essas pessoas (da agenda) para responsabilizá-las por algo. O que se quer é que se jogue luz nesse caso.
 
O governo pretende indagar, de alguma forma, o Superior Tribunal Militar sobre o caso?
Ministra: Vamos buscar esses inquéritos no STM e vamos pedir que todo o material sobre esse caso, todos os documentos e anexos, que isso seja entregue à Comissão da Verdade para que sejam analisados também pela comissão.
 
 
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