quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Solidariedade


Este é um dos vídeos, em que, a ausência da letra não faz peso, na mensagem que se quer repassar.
As imagens falam por si.
Paula Nunes

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Redenção

A simples palavra “ Redenção “ não poderia deixar de comentar o forte elo existente entre a vida em si, diante de tão significativa palavra.
Sou contra a pena de morte ou melhor execuções legalizadas, o ilegal sempre existiu entre jovens em todo mundo, principalmente nas chamadas Gangues.

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    Uma das características da rivalidade entre o poder no crime esta no matar para não morrer. Em qualquer lugar onde a incidência de jovens no crime é grande, logo aprendem a matar para não morrer e ai morrem porque mataram, não gosto deste modo de lidar com a vida legal ou ilegalmente. A readaptação dos condenados é um dos aspectos mais importantes em uma sociedade. Daí pra executar ou matar é outra questão. Vemos surgir tardiamente um monte de bons filme com uma temática negra, bons atores negros. Destaco entre tantos outro, “ Redenção “. É um grande filme. Lançado em 2004. Conta a história da vida de Stan “Tookie” Williams. Nascido em New Orleans, mudou ainda criança para Los Angeles em 1969 e cria na adolescência a Crips, a mais famosa gangue dos Estados Unidos, começa a impor sua força, dominar territórios e praticar diversos crimes. Em 1979, Stan Tokkie é condenado a morte. Seu ultimo pedido de clemencia foi negado pelo ator Arnold Schawarzenegger então governador de Los Angeles. Nunca gostei deste ator e dos seus filmes e como governador deve ter decepcionado bastante. No dia 13 de dezembro de 2005, diante de protesto em todo mundo, Stan “Tookie” Williams é executado. Durante seus anos de prisão escreveu diversos livros infantis tentando tirar as crianças da influencia das gangues, é claro que sua tentativa de aliviar sua pena foi executada com eficiência e ajuda de uma jornalista, o problema é que seus livros criaram vida própria e foi exemplo em todo mundo, aplaudido e difundido em vários países, teve uma atuação muito eficiente em seus objetivos a ponto de ser indicado ao premio Nobel por 4 vezes, premio Nobel da paz e Nobel de literatura. Porque não ganhou nem uma vez? Seus livros são livres dos seus crimes, deveria ganhar por sua luta para pacificar as gangues entre os jovens negros e latinos, pelo seu arrependimento e principalmente por ter conhecimento de causa para escrever tais livros. O que me admira mais é um governador que fez sua vida dentro da 7ª arte, negar um pedido de clemencia, mesmo diante da grande influencia que seus livros tiveram junto as crianças. Como disse não gosto de seus filmes e depois desta negação desgosto mais ainda, não questiono seus crimes mas sim a transformação em algo de bom para crianças, jovens e para o futuro, pelo menos isso eu posso fazer. Mais uma vez vejo uma realidade na história do negro, Redenção significa: nova chance, nova importunidade, saída para a paz, caminho da salvação. Voltando a minha amiga Cila, achei muito importante sua observação, realmente a pintura é um caminho para uma nova vida, um meio de redimir os pecados e conquistar a liberdade e mais importante, como disse, a pintura é literalmente receptiva e esta ao alcance de todos. Não existe comparação entre o filme e a pintura a não ser o caminho da Redenção. Obrigado Cila, por me dar a oportunidade de falar deste maravilhoso filme e da belissima interpretação de Jamie Foxx em“ Redenção”. Texto e foto de Jader Resende. 

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Loucura, ontem e hoje

Chama à atenção no filme "A troca" o fato de ter comentado sobre Cosme de Farias, nome também do Bairro onde morei durante quase a vida toda.
Comentei que o considerava, o primeiro a se preocupar e fazer um trabalho corpo a corpo contra o analfabetismo na Bahia.
    Não era meu objetivo falar sobre o que ele representava, para isso se encontra um longo e excelente texto da jornalista. Mônica Celestino. Encontrei também outro pequeno texto que mostra sua atuação na Psiquiatria Forense, onde destaca seu papel na internação de muitas pessoas no maniconio. É um texto de pesquisa portanto baseado em documentos, o considero importante. “A troca”. É um filme com direção de Clint Eastwood, uma história real onde uma mulher em 1928 ousou enfrentar o poder, por isso foi internada como louca. Não vou me aprofundar como critico de cinema, simplesmente por existir bons críticos para isso. Vejo neste filme a ilegalidade usada na época pelo poder para eliminar seus inimigos usando o manicomio, destaco a pratica em si, exercida numa época que deveria haver manipulações do poder nos internamentos psiquiátricos, uma coisa é uma coisa, outra é um internamento criminoso como é o caso do filme, este sim, um fato extremamente escabroso. De lá pra cá, muita coisa mudou, evoluiu, mas também evoluiu o crime e diversas e invisíveis formas de sacrificar uma pessoa, as mais populares são sem duvida o assedio moral e a metalinguagem. É bastante saudável questionar neste filme a forma de excluir uma pessoa dos seus direitos, hoje, acredito ser impossível um internamento vergonhoso como foi no filme. Paralelamente as técnicas de torturas se tornaram transparente, invisíveis e através da metalinguagem e do assedio moral não se interna ninguém, mas podem levar a vitima a cometer suicídio, assassinato ou realmente ficar doida de pedra, não escolhem idade para atacar, estão seguros da impunidade e arrasam com a vida de qualquer um que atravesse a vida de um pseudo poderoso.. Se não bastasse a natureza com sua ambígua significação, lutamos pelo saber, sem poder definir nenhum limite ou parâmetro que possa estabelecer regras da louca vida que normalmente vivemos. A loucura acaba sendo desculpas para confinamentos atrás de grandes muros contra os loucos normais que se transformam em verdadeiras bestas ao perder o luxo ou não consegui-lo. O obstinado desejo de poder e luxo transforma alguns homem em feras enlouquecidas, se privados, tornam-se, bestas sanguinárias sentem prazer vendo a sua vitima morrer lentamente aos olhos de todos. O luxo e poder geralmente predomina de forma vergonhosa, ignorando a grandeza do saber. Não podemos esquecer que além da estabelecida loucura pelos poderosos loucos normais, existe a necessidade do amor, da compaixão e da solidariedade. Uma coisa é certa, Come de Farias morreu pobre, o conheci já marcado pelas tatuagens da vida, surgia com um acompanhante no fim de linha do bairro, pegava um taxi e sempre convidava pessoas na fila para dar carona. Todas as manhas o encontrava na hora em que estava indo para a escola, são boas lembranças que tenho da sua imagem. Texto e foto de Jader Resende. 

segunda-feira, 14 de setembro de 2009